Vereador José Carlos relata sofrimento que passa funcionário do Olho Vivo

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Ubá, desta segunda-feira, 13 de novembro, o Vereador José Carlos Reis Pereira (PT), relatou o drama vivido por um funcionário do Olho Vivo que sofreu um AVC e está com problemas para dar em andamento em seu tratamento devido uma dívida com a Receita Federal.

“Nós tivemos reuniões aqui de porta fechada com o Vinícius, com todos os secretários, com o pessoal da prefeitura sobre o Olho Vivo. Aquele senhor que teve aqui, eu não vou citar o nome, que trabalha no Olho Vivo, que teve aqui, participou da reunião, ele deu um AVC, ele não anda, ele está doente, a esposa dele está desesperada procurando apoio. Ele não tem ajuda porque está em dívida com a Receita Federal e todos os cinco trabalhadores estão assim. E o que ficou combinado aqui aquele dia? De que ia retirar o processo, de que ia resolver e ia liberar para poder chamar e acertar com o pessoal. E não foi feito nada disso. Foi apresentado um documento para eles lá, que não chega nem um terço, nem a metade do valor que tem direito de receber, segundo a Justiça do Trabalho.

E essa senhora que está lutando, ela me ligou, ela dizendo que ela quer o marido dela vivo, ela quer o marido dela com ela. E ele deu o AVC. E aí, foi procurar o presidente do conselho, falou que ia dar entrada, dar entrada no documento, procurou um amigo dela que mexe com contabilidade,  e e ele falou, “não, minha filha, não tem como dar entrada, o marido da senhora está em dívida com a Receita Federal”.

Aí eu te faço a pergunta, até quando nós vamos aceitar isso que estão fazendo com o povo? Aí, nós chamamos para responsabilidade para nós, com a nossa comissão, não é, Pica -Pau? Foi resolvido aqui e não resolveram a vida do pessoal. Ela me ligou, era 10 horas da noite, falando, o que eu vou fazer, meu herói, o que eu vou fazer? Sabe, é incrível o que acontece com esses contratos terceirizados que a prefeitura faz em Ubá, essas empresas que não estão nem aí com a população, estão lá na rua do Caxangá, estão aí nos bairros de Ubá, essas empresas terceirizadas, elas só querem fazer o contrato, pegar o dinheiro, o povo aqui se lasca, e quem paga o pato é nós vereadores.

Até quando vai acontecer isso em Ubá? Poxa vida, nós ficamos aqui quantas horas? Das 9 horas até meio-dia, não foi? Aqui em reunião para poder definir a pauta e o assunto do pessoal do Olho Vivo. Agora, que ponto que chegou? O rapaz que estava aqui, participou da reunião, hoje não fala, não anda, está precisando de ajuda. E aí? Como é que fica? Mas na hora de trabalhar lá dia e noite, lá no Olho Vivo, para mostrar os bandidos, para mostrar a segurança da nossa cidade, ele prestou serviço, agora quem está pedindo socorro é ele, não é?

Então, presidente, é muito triste, cara, o que a gente está vendo, é muito triste. Essa situação do Olho Vivo não dá para aguentar, não, porque ele está lá pedindo socorro e a mulher dele está desesperada”. Desabafou o Vereador José Carlos Reis Pereira