Vereadores se manifestam em apoio a cessão de ambulância em manifestações

Durante a Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Ubá, ocorrida nesta quinta, 03 de novembro de 2022, a Vereadora Aline Moreira Melo fez uso da palavra para elogiar um grupo de organizadores que se manifestaram próximo à rodovia Ubá-Tocantins, entre o Mart Minas e o Posto Uirapuru, após os resultados do 2º turno das eleições que terminou com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) e vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Vereadora também repudiou um áudio contrário as manifestações que desencadeou um ofício do Conselho Municipal de Saúde de Ubá solicitando explicações sobre a disponibilização de uma ambulância nesta manifestação no feriado de 02/11/2022.

 Vereadora Aline Moreira Melo: “Eu queria falar sobre um assunto que chegou até mim e me deixou um pouco incomodada, sobre a questão de a prefeitura ter dado um apoio numa manifestação popular aqui na nossa cidade. Eu mesmo estive presente e vi que estava sendo garantido o direito de ir e vir, que é o ponto principal.

E aí eu vou ler aqui, que o “direito de manifestação é uma garantia Constitucional a Livre Manifestação do Pensamento”, está no disposto no artigo quinto da constituição federal de 1988. Esse direito é um dos pilares da democracia.

Nós vemos pessoas se manifestando por vários motivos, independente do motivo, cada grupo de pessoas tem o direito de manifestar pelo que acredita. Então nós temos que respeitar. Tem um áudio de uma pessoa que eu não sei quem é, mas chegou para mim, falando que tem que chamar a polícia, sendo que a polícia é que sugeriu, que orientou aos organizadores que colocassem uma ambulância como qualquer aglomeração de pessoas, sempre se coloca uma ambulância a disposição para garantir a integridade das pessoas. Se precisasse estaria a tempo e a hora para poder fazer o deslocamento até uma assistência à saúde caso fosse necessário.

Independentemente de qualquer assunto que seja, se tiver defendendo o que o céu é verde, a pessoa tá lá e tá acreditando, que ela seja respeitada pelo que ela acredita. Então nós vimos aí uma manifestação pacífica e ordeira, crianças e idosos. Você vê que são pessoas, são famílias que estão ali manifestando e expressando algo que eles acreditam.

Então eu queria só deixar aqui registrado nessa casa de leis, que a meu ver e juridicamente, não há nada de errado e não sei o porquê de querer fazer essa denúncia.  E eu deixo o meu apoio ao grupo de organizadores para o que precisar. Acho válido porque vocês seguiram tudo que foi orientado a fazer para garantir o bem-estar das pessoas ali presentes.

Eu verifiquei pessoalmente que tinha muitos alimentos, tinha fruta de várias qualidades, biscoito, café, marmitex sobrando. Tudo foi feito com muita ordem, com muita disciplina e com muito respeito a todos que estavam ali.

Nós temos que tirar as camisas partidárias em alguns momentos. Eu nunca critiquei nenhuma manifestação aqui na nossa cidade. Acho que a pessoa tem o direito e a pessoa tem que ser respeitada”. Declarou a Vereadora Aline Moreira Melo

O Vereador José Maria Fernandes fez o uso da palavra para expressar a emoção ser brasileiro e de lutar pelas liberdades que ele aprendeu com seus pais e professores.

“Desde que cheguei nessa casa eu nunca fiquei em cima do muro em relação a minha ideologia política. Eu fui criado por uma dona de casa e um lavrador que me ensinaram a tratar a todos de “senhores e senhoras”. Eu estudei numa Escola onde tudo em termos de família e até a aula de educação religiosa eu obtive.

E os anos foram se passando e eu na ansiedade de querer me dar bem tive de ir morar com um tio em São Paulo e lá estudar um pouco e por lá que fiquei por 38 anos e 41 anos pra cá retornei à minha cidade.

A política chegou na minha vida por acaso, isso já estava escrito, porque eu sempre fui uma pessoa do diálogo, do respeito, da dignidade e da verdade. Todos esses anos que eu fiquei aqui, um belo dia um amigo meu me chamou, queria me filiar a um partido e eu achei a ideia legal. Mas a primeira coisa que eu perguntei para ele foi em relação se o partido era de esquerda ou de direita.

O que quer dizer ser de esquerda ou ser de direita? Para mim, como os pensamentos meus são, família, pátria, liberdade de expressão e liberdade religiosa, que são os ensinamentos que eu carrego e que vou levar para junto de mim até os últimos dias.

Depois de tudo que aconteceu nessa eleição conturbada, eu estava do lado do presidente Bolsonaro, fiz campanha para ele e não tenho vergonha nenhuma de assumir isso, muito pelo contrário, sinto orgulho, pois defendo essas pautas que citei. E o presidente veio a perder, mas quem perdeu mais na minha humilde opinião foi o Brasil, foi o povo brasileiro. Eu quero só deixar essa mensagem, pois torço para o Brasil dar certo, porque eu estou dentro desse barco, eu não quero esse barco afundando. Eu até o dia 31 de dezembro eu sou situação, a partir do dia 31 de dezembro serei oposição.

Eu vou trabalhar criticando e elogiando, aquilo que for de bom também eu vou trazer para essa casa e vou elogiar, mas aquilo que for de ruim eu também vou falar e vou criticar. Podem ter certeza que eu vou levar junto comigo as minhas ideologias porque eu acredito.

Vocês não têm ideia do orgulho que eu tenho de ser brasileiro, mineiro, ubaense e no meu caso, diamantense. Jamais eu vou querer que o meu país vire uma ditadura, seja ela qual for, militar ou comunista. Eu quero liberdade para esse povo, liberdade de expressão, liberdade de ir e vir e respeito com o ser humano, seja ele da oposição ou não. É isso que eu sonho para o meu país”. Exaltou o Vereador José Maria Fernandes