Vereador Breno Reis solicita retorno da tradicional Festa da Manga em Ubá
Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Ubá, realizada na segunda-feira (16), o vereador Breno Reis de Oliveira (PODEMOS) apresentou o Requerimento nº 718/2025, solicitando à Prefeitura de Ubá o retorno da tradicional Festa da Manga e sua inclusão no calendário oficial de eventos do município.
Em sua fala no plenário, Breno destacou a importância cultural, histórica e econômica da manga para a cidade, lembrando que Ubá possui legislação específica reconhecendo o valor simbólico do fruto. A Lei Municipal nº 2.827/1998 institui o “Dia da Manga” no calendário ubaense, enquanto o Decreto nº 4.258/2003 declara a manga como Patrimônio Natural do município.
“Este evento incentivará o comércio e a produção artesanal local, ao mesmo tempo em que promoverá o turismo e impulsionará a economia, beneficiando diretamente os produtores, comerciantes e a população em geral”, afirmou o vereador durante seu discurso.
Breno ressaltou ainda que a manga é um dos símbolos mais representativos da cidade, cuja história e identidade estão diretamente ligadas à fruta. Ele destacou o potencial do evento para movimentar setores importantes da economia local, especialmente por meio da gastronomia, com a produção de doces, compotas, sucos e outras iguarias derivadas do fruto.

O parlamentar apelou diretamente à secretária municipal de Cultura, Alessandra Labanca, para que a Festa da Manga seja retomada ainda este ano. Segundo ele, o evento é um sonho antigo da população que precisa ser resgatado.
“Isso aqui, Sr. Presidente, é um sonho antigo que, infelizmente, nós não conseguimos colocar em prática. Então, eu gostaria, agora, de ressaltar esse requerimento e pedir uma atenção especial ao Executivo, em especial à secretária de Cultura Alessandra Labanca, para que a gente possa, ainda este ano, já realizar essa festa da manga, para enaltecer o nome desse fruto que dá nome à nossa cidade”, concluiu.
A proposta foi bem recebida pelos colegas e agora aguarda resposta do Poder Executivo. A volta da Festa da Manga pode representar um novo capítulo na valorização da identidade cultural de Ubá e no fortalecimento da economia criativa e rural local.

A manga é uma fruta originária da Ásia e que foi trazida para o Brasil pelos colonizadores a partir do século XVI. Se adaptou muito bem e por aqui se alastrou. Mas vale ressaltar que, embora contribua com a alimentação da fauna, não é recomendado a plantação da mesma às margens de ribeirões e rios, pois seus frutos, ao caírem no leito, podem prejudicar a qualidade de vida de peixes.
A espécie “Ubá” que temos em grandes quantidades por aqui é considerada a mais propícia para a fabricação de polpas e sucos por ser mais doce e menos fibrosa que outras variedades.
Em torno dela também se criou uma crença do “chupar a fruta” antes do ano virar. Quem chupa manga é sinal de que conseguiu vencer mais um ano. É comum por aqui dizer que alguém vai morrer antes do ano terminar usando a seguinte expressão: “este(a) não vai chupar manga.”

Embora a fruta acabou se tornando uma espécie de atrativo turístico por aqui, não sabemos utilizar o valor que a manga ubá traz para a cidade. Não temos, a nível local, nenhum trabalho sólido em torno de produtores da fruta, que possa agregar valor ao produto e impulsionar a economia. A maioria são pequenos produtores que vendem a fruta à beira de rodovias ou deslocam estes frutos para pequenos comércios locais. Poderíamos ter na cidade uma cooperativa que adquirisse os frutos dos “produtores de quintal” e fizesse em nossa cidade a transformação do produto, levando a marca da cidade para vários locais. O nordeste, por exemplo, arrecada bilhões com a exportação do fruto para países europeus e por aqui não temos um projeto com esta finalidade. Poderíamos ter incentivos em IPTU para moradores que tivessem e cultivassem mangueiras em suas residências. Além do fruto, é uma forma de melhorar as condições do meio ambiente, pois se trata de uma árvore de grande porte e capaz de auxiliar substancialmente nas trocas de gases da atmosfera por oxigênio limpo.
Outra opção é uma festa maciça e bem trabalhada em torno da fruta ao final do ano que possa atrair turistas a fim de conhecerem a cidade, adquirir produtos oriundos da fruta e movimentar a hotelaria e outros setores da economia local.
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