Ubá: CEREST e CREAS promovem capacitação sobre o Combate ao Trabalho Infantil

"A abordagem do Agente Comunitário de Saúde (ACS) frente às situações que envolvem o trabalho infantil" foi tema de capacitação promovida pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), em conjunto com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), para os ACS’s atuantes na Rede Municipal de Saúde. O encontro aconteceu na tarde de sexta-feira, 30 de junho, no Plenário Vereador Lincoln Rodrigues Costa, na Câmara Municipal de Ubá.
Mais de 100 ACS’s estiveram presentes na capacitação. Para a primeira etapa da atividade o público foi dividido em cinco grupos, aos quais foram apresentados situações fictícias, que envolviam o trabalho infantil. Após a discussão interna dos casos, foi solicitado que cada grupo descrevesse a forma de atuação, tendo em vista o papel do ACS, frente a cada uma delas.
No segundo momento, a psicóloga Fernanda Moreno, apresentou dados quantitativos acerca do trabalho infantil, suas causas, consequências e as forma de denúncia, principalmente, através do disque 100. Fernanda também destacou os programas que regulamentaram o trabalho na faixa etária antes da maioridade, através de programas como o Jovem Aprendiz, por exemplo.
“Precisamos falar sobre os impactos, consequências físicas e psicológicas na vida de meninos e meninas que trabalham de maneira ilegal. Eles precisam estudar, brincar, se socializar com outras crianças para se desenvolver de forma plena como ser humano. É nossa responsabilidade garantir-lhes esses direitos”, destacou Fernanda.
“No mês de junho rememoramos o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil (12/06), instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002, quando foi apresentado o primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho”, informou o coordenador do CEREST, Lázaro Mattos.
“Queremos chamar atenção dos ACS’s e aproveitar este momento de conscientização para desconstruir a ideia de que o trabalho infantil engrandece a criança. O trabalho infantil gera prejuízos escolares, físicos, psicológicos e emocionais. Conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibido qualquer trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de forma protegida, inclusive com carteira assinada. Desta forma, o enfrentamento ao trabalho infantil é fundamental no processo de efetiva conquista dos direitos das crianças e adolescentes. Os agentes de saúde, são profissionais que lidam diariamente com a população, por isso estamos mobilizando os ACS’s para atuarem em defesa das crianças e adolescentes”, destacou a coordenadora do CREAS, Gláucia Priscila Dias da Silva.