Covid-19: Campinas tem queda de casos e mortes, mas pede cautela com festas e prevê 500 mil doses de reforço da vacina até março

Prefeitura apresentou nesta sexta (17) um balanço dos números e ações na pandemia, e profissionais de saúde alertaram para importância da prevenção diante da possível chegada da variante ômicron na cidade. Diretora do Devisa, Andrea Von Zuben apresenta balanço do enfrentamento da pandemia em Campinas (SP) Carlos Bassan/PMC A Prefeitura de Campinas (SP) apresentou nesta sexta-feira (17) um balanço das ações e números da pandemia de Covid-19. A administração celebrou as quedas de casos, internações e mortes pela doença (veja dados abaixo), mas pediu cautela à população nas festas de final de ano por conta da variante ômicron, ainda não registrada no município. A necessidade de se precaver de um aumento de ocorrências faz a Saúde prever a necessidade de aplicar 500 mil doses de reforço da vacina até março. "A nossa grande perspectiva é que o campineiro vá tomar a terceira dose, que dá uma proteção muito alta. Estamos com quatro pessoas internadas, mas não estamos tranquilos porque há uma variante de preocupação no mundo. Não temos casos em Campinas, mas muito provavelmente teremos, assim como foi com a p1, com a delta. Por isso, vacinem-se, tomem a dose de reforço, mantenham as medidas de higiene e distanciamento", defendeu Andrea Von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas. A mensagem era de cautela, mas a transmissão pelas redes sociais apresentou números do avanço no combate a pandemia a medida que a vacinação avançou - atualmente, 93% da população com mais de 18 anos tem o esquema vacinal completo (duas doses ou imunizante de dose única). Entre as comparações, os dados da pior semana da pandemia, registrados entre 7 e 13 de março de 2021, quando o sistema de saúde atender 4.228 casos e registrou 207 mortes. Como efeito de comparação, entre 5 e 11 de dezembro de 2021, a rede atingiu o menor número de internados - foram 53 casos atendidos, sendo quatro pacientes em UTI e 15 em enfermaria, e dois óbitos. Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI "No final de março e início de abril, tínhamos 572 pacientes de UTI, 450 deles dentro de unidades específicas, e outros 122 aguardando em leitos de retaguarda com respiradores. Hoje nós temos quatro pacientes internados. São números impactantes", disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos). Prefeitura de Campinas (SP) apresenta dados da queda de casos, internações e mortes; comparativo entre pior semana e números atuais Reprodução/Devisa Testagem e positividade O balanço apresentado pela diretora do Devisa mostra que Campinas chegou a realizar, em uma única semana, 5.192 testes PCR para detecção da Covid-19, sendo que a positividade batia na casa dos 38%. Na última semana epidemiológica de dezembro, foram contabilizados 1.555 testes realizados, mas apenas 2% deles testaram positivo para Covid-19. "Nós temos pacientes sintomáticos respiratórios sendo atendimentos, mas só 2% são casos de Covid-19. A curva da vacinação exemplifica muito bem o efeito dela na diminuição de casos. Chegamos a ter 4.228 casos confirmados em uma semana, quando a vacinação estava começando, e a medida que a imunização avançou, esses números caíram. Agora, tivemos 53 casos em uma semana", pontuou Andrea. Gráfico mostra a diminuição de casos de Covid-19 em Campinas (SP) a medida que a vacinação avançou Reprodução/Devisa Dose de reforço Secretário de Saúde, Lair Zambon enfatizou a importância da dose de reforço para o enfrentamento da possível chegada da variante ômicron. "Todos os trabalhos do mundo, sérios, falam da necessidade da dose de reforço. Eu imaginava que a partir de janeiro teríamos uma facilidade para atender a demanda reprimida de outras doenças, mas teremos que levar a vacinação em paralelo com o atendimento desses exames e cirurgias que ficaram para trás. Serão em torno de 500 mil vacinas nos primeiros três meses", avisou. Lair Zambon, secretário de Saúde de Campinas (SP) Carlos Bassan/PMC Para atender tal demanda, e também a inclusão das crianças de 5 a 11 anos na campanha de imunização, assim que o governo federal autorizar, Campinas estuda se vai ampliar a oferta de postos de imunização, mas deve manter o esquema de agendamento, com algumas unidades atendendo por livre demanda. "O que temos notado, é que o pessoal prefere o agendamento nas áreas mais centrais, e as unidades em áreas mais periféricas ficam ociosas. Temos agora 14 postos mais afastados com livre demanda e caso o morador não queira esperar o agendamento, pode se deslocar e tomar a vacina", orienta Von Zuben. LEIA TAMBÉM Covid-19: Cidade amplia vacinação sem agendamento para 14 centros de saúde Covid-19: com 112 mil crianças de 5 a 11 anos, metrópole aguarda SP para traçar estratégia de vacinação Uso de máscara O titular da pasta também reforço o discurso de cautela no período de festas, com a necessidade do uso de máscaras e que as pessoas evitem aglomerações. O cenário é de tantas incertezas, que Zambon preferiu esperar meados de janeiro para discutir temas como a necessida

Covid-19: Campinas tem queda de casos e mortes, mas pede cautela com festas e prevê 500 mil doses de reforço da vacina até março

Prefeitura apresentou nesta sexta (17) um balanço dos números e ações na pandemia, e profissionais de saúde alertaram para importância da prevenção diante da possível chegada da variante ômicron na cidade. Diretora do Devisa, Andrea Von Zuben apresenta balanço do enfrentamento da pandemia em Campinas (SP) Carlos Bassan/PMC A Prefeitura de Campinas (SP) apresentou nesta sexta-feira (17) um balanço das ações e números da pandemia de Covid-19. A administração celebrou as quedas de casos, internações e mortes pela doença (veja dados abaixo), mas pediu cautela à população nas festas de final de ano por conta da variante ômicron, ainda não registrada no município. A necessidade de se precaver de um aumento de ocorrências faz a Saúde prever a necessidade de aplicar 500 mil doses de reforço da vacina até março. "A nossa grande perspectiva é que o campineiro vá tomar a terceira dose, que dá uma proteção muito alta. Estamos com quatro pessoas internadas, mas não estamos tranquilos porque há uma variante de preocupação no mundo. Não temos casos em Campinas, mas muito provavelmente teremos, assim como foi com a p1, com a delta. Por isso, vacinem-se, tomem a dose de reforço, mantenham as medidas de higiene e distanciamento", defendeu Andrea Von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas. A mensagem era de cautela, mas a transmissão pelas redes sociais apresentou números do avanço no combate a pandemia a medida que a vacinação avançou - atualmente, 93% da população com mais de 18 anos tem o esquema vacinal completo (duas doses ou imunizante de dose única). Entre as comparações, os dados da pior semana da pandemia, registrados entre 7 e 13 de março de 2021, quando o sistema de saúde atender 4.228 casos e registrou 207 mortes. Como efeito de comparação, entre 5 e 11 de dezembro de 2021, a rede atingiu o menor número de internados - foram 53 casos atendidos, sendo quatro pacientes em UTI e 15 em enfermaria, e dois óbitos. Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI "No final de março e início de abril, tínhamos 572 pacientes de UTI, 450 deles dentro de unidades específicas, e outros 122 aguardando em leitos de retaguarda com respiradores. Hoje nós temos quatro pacientes internados. São números impactantes", disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos). Prefeitura de Campinas (SP) apresenta dados da queda de casos, internações e mortes; comparativo entre pior semana e números atuais Reprodução/Devisa Testagem e positividade O balanço apresentado pela diretora do Devisa mostra que Campinas chegou a realizar, em uma única semana, 5.192 testes PCR para detecção da Covid-19, sendo que a positividade batia na casa dos 38%. Na última semana epidemiológica de dezembro, foram contabilizados 1.555 testes realizados, mas apenas 2% deles testaram positivo para Covid-19. "Nós temos pacientes sintomáticos respiratórios sendo atendimentos, mas só 2% são casos de Covid-19. A curva da vacinação exemplifica muito bem o efeito dela na diminuição de casos. Chegamos a ter 4.228 casos confirmados em uma semana, quando a vacinação estava começando, e a medida que a imunização avançou, esses números caíram. Agora, tivemos 53 casos em uma semana", pontuou Andrea. Gráfico mostra a diminuição de casos de Covid-19 em Campinas (SP) a medida que a vacinação avançou Reprodução/Devisa Dose de reforço Secretário de Saúde, Lair Zambon enfatizou a importância da dose de reforço para o enfrentamento da possível chegada da variante ômicron. "Todos os trabalhos do mundo, sérios, falam da necessidade da dose de reforço. Eu imaginava que a partir de janeiro teríamos uma facilidade para atender a demanda reprimida de outras doenças, mas teremos que levar a vacinação em paralelo com o atendimento desses exames e cirurgias que ficaram para trás. Serão em torno de 500 mil vacinas nos primeiros três meses", avisou. Lair Zambon, secretário de Saúde de Campinas (SP) Carlos Bassan/PMC Para atender tal demanda, e também a inclusão das crianças de 5 a 11 anos na campanha de imunização, assim que o governo federal autorizar, Campinas estuda se vai ampliar a oferta de postos de imunização, mas deve manter o esquema de agendamento, com algumas unidades atendendo por livre demanda. "O que temos notado, é que o pessoal prefere o agendamento nas áreas mais centrais, e as unidades em áreas mais periféricas ficam ociosas. Temos agora 14 postos mais afastados com livre demanda e caso o morador não queira esperar o agendamento, pode se deslocar e tomar a vacina", orienta Von Zuben. LEIA TAMBÉM Covid-19: Cidade amplia vacinação sem agendamento para 14 centros de saúde Covid-19: com 112 mil crianças de 5 a 11 anos, metrópole aguarda SP para traçar estratégia de vacinação Uso de máscara O titular da pasta também reforço o discurso de cautela no período de festas, com a necessidade do uso de máscaras e que as pessoas evitem aglomerações. O cenário é de tantas incertezas, que Zambon preferiu esperar meados de janeiro para discutir temas como a necessidade do uso do acessório de proteção em determinados ambientes. "Não sabemos como vai se comportar a ômicron, mas imagino que em meados de janeiro, depois do dia 15 ou 20, após as festas de final de ano, vamos ter uma ideia da epidemiologia da doença. Podemos voltar a conversar aí", disse o gestor. Foto de 2020 de movimentação de pedestres com máscara em Campinas (SP) Rafael Smaira/G1 Alerta com outras doenças Durante a coletiva, os representantes da Saúde também alertaram para o aumento de casos de doenças respiratórias fora de época, como os de vírus sincicial respiratório, mais comum nos meses de inverno, mas que agora já pressionam o sistema. Por conta do aumento de internações de crianças com doenças respiratórias, Campinas abriu na última quinta (16) mais sete leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no Hospital Municipal Mário Gatti e programou para 15 de janeiro a conversão de 10 UTIs Covid para adultos em leitos infantis no Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Ouro Verde). Hospital Mário Gatti, em Campinas Reprodução/EPTV Dados atualizados da Covid-19 Campinas divulgou nesta sexta (17) um boletim epidemiológico em que confirmou o registro de mais 142 casos positivos da doença, totalizando 146.756 infectados desde o início da pandemia, e mais 7 óbitos, aumentando para 4.626 o número de moradores que morreram por conta da Covid-19. Covid-19: veja lista com perfil das mortes registradas na metrópole O último boletim havia sido divulgado no dia 9 de dezembro e, segundo a administração, a divulgação dos os números de casos ainda está comprometida uma vez que o sistema do Ministério da Saúde permanece fora do ar. Números da pandemia na metrópole Dados apresentados por Campinas referentes aos dois anos de atuação no combate à Covid-19: 2.446 atendimentos de denúncias 21.230 ações de fiscalização (Saúde, Guarda, Setec e demais órgãos municipais) 4.864 atestados sanitários (para isolamento) emitidos 19.462 emissões de Declaração de Estabelecimento Responsável 549 boletins epidemiológicos e de imunização VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas