Vereadores discutem sobre a Feira Livre Municipal de Ubá

O Vereador José Carlos (PT) e o Presidente da Câmara de Ubá, Vereador José Roberto Reis Filgueiras (REPUBLICANOS), falaram sobre a questão da Feira Livre Municipal durante a reunião ordinária desta segunda, 30 de outubro.

Segundo o Vereador José Carlos não se pode proibir o pequeno produtor rural de trabalhar.

“Nós estamos vendo a luta do pequeno produtor rural de Ubá. Infelizmente, domingo, teve aqueles problemas lá com os feirantes na rua. Nós sabemos que quem está lá dentro da feira, que paga imposto e quem está cá fora não paga, nós sabemos da dificuldade. Mas fazer o que foi feito domingo de ir lá e proibir os produtores rurais de trabalhar, aí não. Eu acho que o vereador Lek falou um negócio aqui que tem que ter bom senso. Faltou bom senso. Enquanto não resolver o problema da feira, não sentar e organizar o problema da feira, então não proíba o pai e as mães de família de trabalhar lá não. É o ganho deles, é a sustentação deles. Ou então, senta e vamos estudar o que pode ser feito. Não pode fazer o que foi feito domingo. Então, aqui, antes de tomar essa atitude, pense, se não tem como resolver agora, então deixa as pessoas lá por enquanto. Ou então, presidente, aquela rua do lado da feira ali, né, fecha ela e deixa para o pessoal ficarem ali. Arruma uma solução, ou na Praça Guido, ou arruma uma solução, mas não pode fechar as portas do pequeno produtor, que é ele que sustenta a família, sustenta a cidade de Ubá, eu vejo um monte de pequenos produtores que ajudam as escolas.


Então, assim, tem que pensar e fazer um trabalho para todos que estão ali. Eu estou vendo a luta do senhor ali, lutando, há muito tempo o senhor vem pedindo reunião com o Vicente, reunião com todo mundo e ninguém está levando a sério. E quem está pagando imposto lá dentro, não tem uma banheiro adequado, a água está descendo dentro do galpão e está tendo todos os problemas”. Relatou o Vereador José Carlos

Já o Presidente e Vereador José Roberto, diz que é importante ter um diálogo para que seja encontrada uma solução melhor para todos.

“O que acontece na feira é uma situação como essa, muita conversa desencontrada. Já reuni com eles várias vezes e tem gente ali que ainda fala assim "O deputado tal, o ex-prefeito tal me falou que a feira recebe um recurso do governo do estado para ser mantida, que não precisa cobrar nada de nós aqui. Quer dizer, todo mundo sabe que isso é mentira. O governo do Estado não repassa nada para o município manter a feira. Quem mantém a feira é o executivo. E aí o tribunal de contas pediu ao município que cobrasse uma taxa para os próprios feirantes que arcasse com a despesa. Então, ao mesmo tempo que a gente quer que todo mundo trabalhe, que todo mundo tenha o seu espaço, para ganhar, para defender o seu pão, a gente também tem que ter esse cuidado de organizar. Porquê, da mesma forma que os feirantes estão pagando para ter o direito de usar o boxe, e aí tem feirante que fica lá sendo produtor, aí eu não estou entrando no mérito se é produtor rural, se não é, se é trabalhador ou não. Só que assim, ele está ali na rua vendendo um produto que tem um feirante lá dentro também vendendo e o feirante pagando a taxa e ele na rua não está.


E ele está aí na rua com o automóvel dele, com o caminhão dele, ele está tirando vaga de três ou quatro clientes que poderiam estar comprando de dentro do galpão. Então são coisas que a gente tem que conversar, coloca todo mundo para dentro, tem vaga lá no box para absorver essas pessoas? Então, acho que é importante sentar para conversar, porque todo mundo precisa trabalhar. Inclusive, eu sou favorável que de menor possa trabalhar também. Mudaram a lei, eu sou favorável que a maioria aqui, começou a trabalhar com 14 anos, com 12 anos, que já se assinava carteira. Nós éramos muito felizes dessa forma, né? Mas precisa de voltar a esse entendimento que se não quer estudar, tem que trabalhar. Se não estudar, não tem que trabalhar, não está na rua inventando moda”. Finalizou o Vereador José Roberto

Veja a fala dos Vereadores José Carlos e José Roberto clicando no vídeo abaixo: