Professor Diego Miguetti Defende Valorização do Taekwondo em Ubá e Cobra Apoio ao Esporte na Tribuna da Câmara

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Ubá, realizada na noite desta segunda-feira (14), o professor Diego Dias Guimarães Miguetti fez uso da Tribuna Livre para um apelo emocionado em defesa do projeto social de Taekwondo que coordena no município. A convite do presidente da Câmara, vereador José Maria Fernandes (PL), o educador e faixa preta de Taekwondo destacou a importância da arte marcial na formação de crianças e adolescentes e cobrou mais apoio público para a continuidade e ampliação do trabalho.
“Pratico Taekwondo há 24 anos e, desde 2014, sou professor. Eu mesmo comecei em um projeto social, quando ainda morava em São Paulo, e há 18 anos desenvolvo esse trabalho em Ubá. O esporte salva vidas, afasta do crime, das drogas, ensina disciplina e promove saúde física e mental. Mas falta apoio, falta estrutura”, destacou o professor, pedindo atenção especial aos atletas do Taekwondo, que representam Ubá em competições estaduais e nacionais, mesmo com dificuldades financeiras.
Segundo Miguetti, 11 alunos do projeto foram recentemente classificados para o Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil de Taekwondo. “Estamos levando o nome da cidade para fora do estado e colocando Ubá no ranking nacional, mas enfrentamos limitações básicas. Precisamos de uniformes, equipamentos, material de treino, transporte e ajuda de custo. A arte marcial transforma vidas, mas sem incentivo, muitas crianças acabam desistindo e se perdendo no meio do caminho.”
O professor também ressaltou que o projeto atende alunos de todas as idades e perfis, incluindo crianças autistas e pessoas que buscam o Taekwondo como terapia. “Tenho psicólogos, médicos, supervisores e advogados treinando comigo. A arte marcial é inclusão, é saúde física e mental, é oportunidade. Mas enquanto o mundo do crime oferece dinheiro e estrutura, o esporte oferece apenas a boa vontade do professor. Isso não é suficiente”, desabafou.
Durante a fala, Miguetti sugeriu à Câmara Municipal a criação ou o fortalecimento do Bolsa Atleta Municipal, como política pública de apoio aos esportistas ubaenses, especialmente aos que não praticam futebol. “Nem toda criança quer ou consegue jogar bola. Eu mesmo sou ruim de futebol, mas me encontrei no Taekwondo. Por isso, peço que olhem também para as artes marciais, porque elas salvam vidas.”
A presença dos alunos do projeto na Câmara emocionou os vereadores e o público presente. Ao final, o professor agradeceu o espaço e reforçou o compromisso de continuar lutando por um esporte mais acessível e inclusivo em Ubá.
A solicitação agora segue para análise do Legislativo e da Prefeitura, que podem avaliar alternativas para garantir o apoio necessário às atividades esportivas desenvolvidas no município, incluindo o Taekwondo e outras modalidades que impactam positivamente a vida da população.